Brasil

Universidades falam em ‘momento dramático’ e não têm como pagar nem combustível

A crise orçamentária das universidades federais pelo país após bloqueio pelo governo federal tem deixado reitorias sem recursos para serviços essenciais. Falta de verba até para combustível de ambulâncias.

Na UFRJ, no Rio de Janeiro, o corte chega a mais de R$ 15 milhões do orçamento. Além dos R$ 9,4 milhões já bloqueados, o governo federal avançou em despesas que já haviam sido empenhadas, deixando as contas no negativo.

A UFRJ diz não ter verba para realizar qualquer pagamento, segundo a reitora Denise Pires de Carvalho, em nota. “Há cerca de 10 mil bolsas interrompidas da graduação neste momento. Sem falar nos residentes. São quase 800 profissionais da saúde que não receberão suas bolsas, seus salários, assim como os cerca de 900 trabalhadores dos hospitais. Nossos alunos da Capes também não vão receber.”

Os cortes também afetam custos de seis restaurantes universitários, contratos de transporte e combustível para ambulâncias, ônibus, segurança e 2.000 contratos de trabalhadores de limpeza e vigilância. Um ato contra os bloqueios acontece nesta quarta-feira (7) em uma das unidades da UFRJ, no centro.

Em Minas Gerais, o corte na UFMG foi de R$ 16 milhões com impacto previsto já para dezembro. A reitora Sandra Regina Goulart Almeida classifica a situação como “o momento financeiro mais dramático da nossa história”.

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