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Oposição promete pressão para analisar veto à desoneração ainda neste ano

A oposição promete pressionar para que o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à desoneração da folha de pagamento seja analisado pelo Congresso ainda neste ano. Para o líder de oposição no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), nada justifica o veto anunciado pelo governo.

“Certamente. Sobre um veto desastroso como esse, a minha expectativa é de que haja grande adesão ao nosso pedido de derrubada. O veto gera mais desemprego e mais imposto para setores da economia. Pagaremos um preço caro por esse arrocho. Recessão à vista em 2024 e menor capacidade de produção e emprego”, afirmou.

O líder de oposição na Câmara, deputado Sanderson (PL-RS), também fez duras críticas ao veto.

“Será derrubado, não tenho dúvida. É uma sandice do governo esse veto integral, sobretudo porque afeta justamente os setores que mais empregam no Brasil. A gula arrecadatória do governo Lula vai virar contra o próprio governo, porque haverá desemprego (e queda de receita, por conseguinte) se o veto não for por nós no Congresso derrubado”, garantiu.

Apesar da pressão, parlamentares ressaltam a necessidade de tempo para debater o assunto e lembram que a agenda cheia do Congresso nesse fim de ano pode travar a celeridade pretendida pela oposição.

“Houve alguns excessos, mas não cabia vetar tudo. Muito provavelmente, alguns vetos poderão cair sim. Tudo vai depender da posição dos líderes e da negociação com governo. Com o rombo das contas públicas divulgado essa semana, temos de ter cuidado em avaliar essas desonerações e quais de fato deveriam ser mantidas. Só que toda essa discussão ficará pro ano que vem”, afirmou à CNN, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que relatou o novo marco fiscal em vigor no país.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo não irá desistir do veto. Mas adiantou que, caso ele de fato derrubado, um modelo alternativo já está sendo elaborado para ser apresentado ao Congresso.

Outros integrantes da base governista, ouvidos nesta sexta-feira sob reserva, tentaram colocar panos quentes ao afirmar que faz parte das prerrogativas do presidente vetar qualquer proposta e que agora caberá ao Congresso analisar.

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