Conforme explica Aldo Vendramin, a pecuária é um dos setores mais importantes da economia mundial, mas também um dos grandes responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa. O desafio atual é conciliar a produção de carne e leite com práticas sustentáveis que reduzam o impacto ambiental. A pecuária de baixo carbono surge como uma solução inovadora, promovendo técnicas que minimizam as emissões e, ao mesmo tempo, aumentam a eficiência produtiva.
Entenda agora como essas soluções funcionam na prática e de que forma podem transformar a pecuária em uma atividade mais eficiente e lucrativa!

Como a recuperação de pastagens degradadas pode reduzir emissões?
Pastagens degradadas são um dos principais fatores que aumentam as emissões de carbono na pecuária, pois diminuem a capacidade do solo de absorver CO₂ e levam ao desmatamento para novas áreas de pasto. A recuperação dessas áreas, por meio da adubação correta, rotação de pastagens e plantio de espécies forrageiras de alta produtividade, melhora a absorção de carbono pelo solo e reduz a necessidade de expansão territorial.
Ademais, como frisa Aldo Vendramin, pastagens bem manejadas garantem uma nutrição adequada para o gado, permitindo um ganho de peso mais rápido e reduzindo o tempo necessário para o abate. Isso significa menor emissão de metano por animal ao longo da vida, diminuindo o impacto ambiental da atividade. Com uma pastagem mais produtiva, o produtor pode aumentar a lotação da fazenda sem necessidade de desmatar novas áreas, tornando a pecuária mais sustentável e rentável.
De que forma a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) melhora a sustentabilidade?
A ILPF é um sistema inovador que combina pecuária, agricultura e floresta na mesma área, otimizando o uso da terra e trazendo diversos benefícios ambientais. As árvores ajudam a capturar CO₂ da atmosfera, reduzindo as emissões líquidas da atividade pecuária. Além disso, proporcionam sombra para os animais, melhorando seu bem-estar e produtividade. A integração com a lavoura melhora a qualidade do solo e reduz a necessidade de fertilizantes químicos.
O sistema ILPF também favorece a diversificação da produção, permitindo que o pecuarista tenha diferentes fontes de renda ao longo do ano. De acordo com o senhor Aldo Vendramin, a rotação entre lavoura e pastagem melhora a fertilidade do solo, reduz pragas e doenças e mantém a produtividade da fazenda em níveis elevados. Com essa abordagem, a pecuária de baixo carbono se torna uma realidade viável, combinando eficiência econômica e benefícios ambientais.
Como o manejo adequado do rebanho contribui para a redução de emissões?
O manejo eficiente do rebanho é essencial para reduzir a pegada de carbono da pecuária. Técnicas como melhoramento genético, nutrição balanceada e controle sanitário garantem um crescimento mais rápido e saudável dos animais, reduzindo o tempo necessário para o abate. Para Aldo Vendramin, isso significa menor emissão de metano por animal ao longo da vida, tornando a produção mais sustentável.
Outra estratégia eficaz é o uso de aditivos na alimentação para diminuir a fermentação entérica, principal fonte de emissão de metano na pecuária. Compostos como taninos e óleos essenciais podem reduzir a liberação desse gás sem comprometer a produtividade. Com um manejo adequado, a pecuária se torna mais eficiente, reduzindo custos operacionais e aumentando a lucratividade do produtor.
Em suma, a pecuária de baixo carbono representa um caminho promissor para uma produção mais sustentável e economicamente viável. Segundo o empresário Aldo Vendramin, a recuperação de pastagens degradadas, a adoção da ILPF e o manejo eficiente do rebanho são estratégias que reduzem as emissões de carbono sem comprometer a produtividade. O momento de transformar a pecuária é agora!
Autor: Meyer Weber