Conforme elucida Otávio Fakhoury, escolher o vinho ideal para acompanhar uma refeição pode parecer uma tarefa complexa, mas com algumas noções básicas, é possível tornar essa experiência mais prazerosa e sofisticada. A harmonização correta realça os sabores do prato e da bebida, criando um equilíbrio perfeito no paladar. Neste guia, vamos explorar como selecionar vinhos de acordo com diferentes tipos de alimentos, garantindo combinações que valorizem cada ingrediente.
Como harmonizar vinhos com carnes?
Para carnes vermelhas, os vinhos tintos encorpados são a melhor escolha, pois possuem taninos que equilibram a gordura da carne. Cortes como picanha e costela combinam bem com Cabernet Sauvignon ou Malbec, enquanto carnes mais magras, como filé mignon, harmonizam com Merlot ou Pinot Noir. Essas combinações ressaltam o sabor da carne e evitam que o vinho pareça muito ácido ou fraco.

Já para carnes brancas, como frango e peru, a escolha depende do preparo. O entusiasta Otávio Fakhoury orienta que pratos mais leves, grelhados ou assados, pedem vinhos brancos como Chardonnay ou Sauvignon Blanc. Se a carne for servida com molhos mais intensos, um tinto leve, como Pinot Noir, pode ser uma boa opção. O segredo está em equilibrar os temperos e a intensidade do prato com o vinho escolhido.
Quais vinhos combinam melhor com massas e risotos?
O tipo de molho da massa ou do risoto influencia diretamente na harmonização. Molhos à base de tomate, como o sugo e o bolonhesa, pedem tintos com boa acidez, como Sangiovese ou Tempranillo, que equilibram a acidez do tomate. Já molhos cremosos, como Alfredo e Carbonara, harmonizam bem com brancos encorpados, como Chardonnay envelhecido em carvalho, que complementa a untuosidade do prato.
Massas e risotos com frutos do mar combinam melhor com vinhos brancos leves, como Vermentino ou Sauvignon Blanc, que realçam os sabores delicados sem sobrecarregar o paladar. Para receitas com cogumelos ou trufas, um Pinot Noir ou um vinho do tipo Barolo são ótimas opções, pois possuem notas terrosas que combinam perfeitamente com esses ingredientes, explica Otávio Fakhoury.
Como escolher vinhos para sobremesas?
Otávio Fakhoury explica que a harmonização de vinhos com sobremesas segue a regra de que a bebida deve ser tão doce quanto ou mais doce que o prato. Sobremesas à base de chocolate combinam bem com vinhos fortificados, como Porto ou Banyuls, pois seu dulçor equilibra o amargor do cacau. Já doces com frutas cítricas, como torta de limão, harmonizam melhor com vinhos de colheita tardia, como Sauternes ou Riesling.
Para sobremesas leves, como mousse de frutas ou sorvetes, espumantes como Moscatel ou Prosecco são boas opções, pois trazem frescor e evitam que a combinação fique enjoativa. Já sobremesas à base de castanhas, como um tiramisù, pedem vinhos mais estruturados, como um Marsala ou um Vinho do Porto Tawny, que complementam as notas tostadas e adocicadas do prato.
Vinhos e alimentos: fazendo combinações irresistíveis
Por fim, Otávio Fakhoury deixa evidente que a harmonização de vinhos com pratos não precisa ser um desafio, e algumas regras básicas já ajudam a criar combinações equilibradas e saborosas. Considerar a intensidade do prato, os ingredientes principais e o tipo de molho faz toda a diferença na escolha do vinho ideal. Com um pouco de prática e experimentação, é possível transformar qualquer refeição em uma experiência gastronômica memorável.